Exploradora: Katia Krafft; A CAÇADORA DE VULCÕES.

Kátia desafiou vulcões a vida inteira, encarou de perto o mais imbatível dos fenômenos naturais, o qual nem todos saem ilesos.


 Vulcões são fenômenos da natureza realmente impressionantes. É um portal que conecta diretamente o núcleo da terra com a superfície. E é por meio desta fenda que de tempos em tempos é expelido gases e magma - um material líquido e viscoso que chega a altíssimas temperaturas - .


Quando o magma é expelido para a superfície é chamado de lava. Essa lava escorre aos arredores da montanha e quando seca se transforma em solo rochoso. 


Por muito tempo, o fenômeno geológico que ativamente fez parte da construção da terra foi uma incógnita para os cientistas. Até que surgiram alguns ousados capazes de viver a vida em prol dos vulcões. E uma dessas pessoas foi Kátia Kraft. 



Início da vida

Katia nasceu como Catherine Joséphine Conrad, em 1942 na Alsásea região que foi unificada com a França. 

A paixão por vulcões nasceu ainda quando era criança e cresceu ainda mais quando em viagens de família chegou a conhecer alguns destes fenômenos geológicos. 


Katia passou para a universidade de Estrasburgo em 1957 estudou física e geoquímica, e este foi o grande começo para o que viriam a chamá-la de demônio do fogo.



Loucos pelo fogo


Outro marco importante na vida de Kátia foi conhecer seu marido Maurice Krafft na Universidade. A paixão em comum por vulcões os uniram cada vez mais ao ponto de embarcarem em grandes expedições pesquisando como ocorre o evento vulcânico, desde então se tornaram parceiros de vida e de pesquisa.


O casal Krafft se tornaram os primeiros cientistas a estudar, filmar, fotografar erupções e fluxos de lava de perto. Desde o começo das expedições eles visitaram 8 vulcões por ano, 175 ao longo de toda carreira.

Seus trabalhos se diferenciaram pela ousadia e coragem, eles buscavam sempre estar o mais próximo dos vulcões em erupção, para coletar dados e fotografar. 

Eles utilizaram seu conhecimento para educar comunidades que viviam próximas aos vulcões, prevendo quando poderia ocorrer  próxima erupção e implementando medidas de segurança.


Como parte do seu trabalho de divulgação científica ela publicou 5 livros sobre suas descobertas, participou de dois documentários, "Into the inferno" (2016) que está disponível na netflix. Fire of love (2022), este com enfoque nas aventuras do casal em busca dos vulcões ao redor do mundo.




O fim da trajetória

As aventuras de Krafft teve seu fim com a erupção do Monte Urzen no Japão, no dia 3 de julho de 1991.

Ela e toda a equipe de cientistas e jornalistas foram atingidos por um fluxo piroclástico, que inesperadamente saíram por fendas no chão.


Homenagens

  • Em 2018 a União de Geociências Europeia criou o 'Prêmio Katia e Maurice Krafft'  que reconhece investigadores que empreendem métodos de comunicação inovadores e realizam divulgação científica das pesquisas para o público geral.
  • Uma cratera vulcânica recebeu o nome de 'Maurice e Katia Krafft' no vulcão Piton de La Fournaise na França.
  • Em memória do casal, foi criado o 'Maurice e Katia Krafft Found' uma ONG que arrecada fundos para auxiliar as populações que vivem em locais de alto risco de erupção vulcânica.









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